EDITORIAL

A relação entre o ambiente e o padrão de saúde de uma população define um campo de conhecimento referido como “Saúde Ambiental”.

Segundo a OMS esta relação incorpora todos os elementos e fatores do ambiente que potencialmente afetam a saúde, incluindo entre outros a exposição a fatores específicos como substâncias químicas, elementos biológicos ou situações que interfiram no estado psíquico do individuo. Refere-se também à teoria e prática de avaliação, prevenção, mitigação e controlo dos fatores ambientais suscetíveis de afetar adversamente a saúde humana.

A saúde ambiental integra-se na Saúde Pública através da gestão de programas e projetos nas áreas de prevenção, proteção e promoção da saúde da população.

Esta intervenção é efetuada a diferentes níveis, tais como habitacional, escolar, industrial, serviços e comércio, assim como na qualidade do ar, alimentos, água, resíduos, solos, entre outros.

A génese dos problemas ambientais inerentes aos processos de desenvolvimento da civilização determinou uma modificação do perfil de saúde e doença das populações e a alterações dos estilos de vida nas diferentes sociedades e culturas assumindo aspetos particulares nos distintos grupos sociais.

Os pressupostos básicos para a busca de soluções passam pela hierarquização de prioridades, definição de indicadores e procura de uma abordagem interdisciplinar, de equidade, de solidariedade e de participação social responsável para um desenvolvimento sustentável promotor de um bem-estar físico e mental do homem na sociedade.

A apreensão da realidade não é realizada por um único olhar. Os vários olhares complementam-se permitindo uma abordagem perspectiva.

OLGA MONTEIRO